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Doença Psicosomática

Atualizado: 11 de abr. de 2022



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Essa conduta, que pode partir dos médicos que acompanham o caso, gera muitas dúvidas ao paciente. “Como algo é psicológico se dói no corpo?” O fato de que uma pessoa tenha uma doença psicossomática não significa que a dor e a enfermidade não existem. Pelo contrário, o corpo realmente está em sofrimento, com dores, feridas, descontroles e descompensações orgânicas, que inclusive são até dificilmente controladas com medicamentos e os recursos da medicina tradicional.

As doenças psicossomáticas podem se manifestar em diversos sistemas que constituem nosso corpo, como por exemplo: gastrointestinal (úlcera, gastrite, retocolite); respiratório (asma, bronquite); cardiovascular (hipertensão, taquicardia, angina); dermatológico (vitiligo, psoríase, dermatite, herpes, urticária, eczema); endócrino e metabólico (diabetes); nervoso (enxaqueca, vertigens); das articulações (artrite, artrose, tendinite, reumatismos).

É comum, nos casos de doenças psicossomáticas, que o paciente enfrente dificuldades no diagnóstico e até insucesso dos tratamentos propostos, gerando uma passagem por vários médicos especialistas em busca da cura ou alívio.

O diferencial mais importante para se considerar uma doença como psicossomática é entender que a causa principal desta descompensação física que aparece no corpo, está dentro do emocional da pessoa, ligada, portanto à sua mente, aos seus sentimentos, à sua afetividade. E esta variável emocional se torna importante tanto no desencadeamento de um episódio, de uma crise, quanto no aumento e/ou manutenção do sintoma, conforme cada pessoa.

A mente e o corpo formam um sistema único e os mecanismos inconscientes são muito presentes nesta ligação. Por isso é comum a sensação inicial de que os sintomas “vieram de repente”, “ou não existir nenhum motivo para que os sintomas aparecessem”. É difícil para um paciente com gastrite identificar quais podem ter sido as causas emocionais de desencadeamento de uma nova crise. A ansiedade e a irritabilidade são sentimentos comuns nos quadros psicossomáticos, e há uma tendência a identificar e culpabilizar eventos externos pelo problema, aumentando a sensação de impotência diante das dificuldades.

É importante deixar claro que o corpo também deve ser cuidado com os tratamentos adequados (A pessoa com gastrite deve procurar o médico e realizar exames solicitados, tomar os remédios prescritos, fazer uma dieta alimentar caso seja indicada). O aconselhável é um atendimento psicológico associado, que possibilite auxiliar o sujeito a nomear os sofrimentos que vivencia, para além do real do seu corpo. A importância deste tipo de abordagem nos transtornos psicossomáticos também se deve ao fato romper uma possível evolução crônica do problema, que limite progressivamente a vida social e emocional da pessoa (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre).

E a queixa nos consultórios não difere muito do exemplo apresentado acima. O paciente chega com esse mesmo argumento, após passar por diversas avaliações médicas e de ouvir dos próprios médicos que seus sintomas tem procedência psicológica é que a pessoa vêm à procura de auxilio no psicólogo clínico, ainda até algo desconcertado e sem entender como é possível que aquilo que vem sentindo seja da sua cabeça?!

Mesmo estando informado e ainda durante a terapia o paciente ainda irá procurar o médico com medo de que algo de preocupante lhe aconteça, eu sempre oriento meus pacientes com este tipo de sintomas a não deixarem de fazê-lo pois os sintomas mesmo que de procedência psicológica seus efeitos é o corpo que expressa. Então, casos como hipertensão, taquicardias, crises de asma devem e com prioridade serem tratadas por médicos independente da sua origem.

É nessa linha de trabalho, em conjunto (médico, psiquiatra e psicólogo) que o psicólogo clínico deve trabalhar, até o paciente resolver os conflitos psicológicos e ir recuperando o equilíbrio entre o soma (corpo) e a psique (mente).

São diversos os transtornos psicológicos que denotam quadros psicossomáticos entre eles o mais clássico o Transtorno do Pânico, que pertence ao grupo dos transtornos de ansiedade.


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“O transtorno do pânico se caracteriza por ataques recorrentes de ansiedade grave (pânico), os quais não estão restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstâncias em particular e que são, por tanto, imprevisíveis. Assim como em outros transtornos de ansiedade, os sintomas dominantes variam de pessoa para pessoa, porém início súbito de palpitações, dor no peito, sensações de choque, tontura e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização) são comuns. Que invariavelmente há também um medo secundário de morrer, perder o controle ou ficar louco. Os ataques individuais usualmente duram apenas minutos, ainda que às vezes sejam mais prolongados; sua frequência e o curso do transtorno são, ambos, muito variáveis. Um indivíduo em um ataque de pânico frequentemente experimenta um crescendo de medo e sintomas autonômicos, o qual resulta em uma saída, usualmente apressada, de onde quer que ele esteja. Se isso ocorre numa situação específica, tal como em um ônibus ou em uma multidão, o paciente pode subsequentemente evitar aquela situação. De modo similar, ataques de pânico constantes e imprevisíveis produzem medo de ficar sozinho ou ir a lugares públicos. Um ataque de pânico com frequência é seguido por um medo persistente de ter outro ataque” ( CID-10, p. 137).

O tratamento no consultório pode ser demorado como pode ser solucionado logo, a questão depende da capacidade de autoanálise do paciente e de querer enfrentar suas próprias inquietações. Como todo tratamento tratasse de um processo, de compreender situações que possam justificar de fato o medo ou ansiedade sentidos e da compreensão do mecanismo do transtorno. As crises de pânico podem começar seu desencadeamento a partir de situações ainda não elucidadas pelo paciente como conflituosas para seu psicológico ou de situações que de fato justifiquem um medo ou provocar ansiedade na pessoa… Tal como vivenciar uma situação de risco, com um assalto, por exemplo. Conflitos psicológicos, questões que não foram bem resolvidas, traumas etc podem também serem a fonte de origem do transtorno. Em casos mais acentuados de pânico é recomendado o acompanhamento psiquiátrico onde o mesmo receitará o psicofármaco, tipo e dosificação adequada.

Muitos médicos já no PS (Pronto Socorro) costumam providenciar para estes pacientes que chegam com queixa de insônia afim de acalmá-los remédios para conciliar o sono, como Valium, é então que o paciente recupera o sono e sua ansiedade diminui, porém esses remédios apenas funcionam em doses pontuais, ou seja, de fato remediam más não saram o quadro. Pelo que se recomenda procurar por um psicólogo clínico e se necessário um psiquiatra.

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Artigo de:

Yolanda Minguez de Juan

CRP:06/111200

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