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Refletir, você tem esse costume?


Pararmos para pensar e refletir quando estamos a sós é considerado um hábito saudável, ajuda a assimilar, organizar, compreendermos melhor as situações, os eventos que vivenciamos no dia a dia. Um exercício inteligente para mantermos saudáveis, pensar e refletir sobre como nossa vida anda e o que esperamos dela, tem se tornado algo difícil de acontecer.

“Colocar as ideias em ordem, nos ajuda a entender a dimensão real de nossos dilemas, a perceber quem somos e o que desejamos, a conhecer nossas fraquezas e também forças. Aprenda a refletir”.

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Na atualidade, o acesso à tecnologia tem nos mantido muito ocupados e com o novo hábito nossa privacidade aos poucos praticamente anulada. Para percebermos isso basta parar e observar ao nosso redor, durante una comida no restaurante, andando pela rua, até no banheiro tendemos a levar junto conosco o aparelho de celular, tablet ou netbook como se tivéssemos algo muito importante para ficarmos sabendo, porque ficar por fora das novidades é excluirmos do grupo. Esse algo e tão mais importante, que a própria realização de rituais de auto-cuidado, como tomar um banho quente com bolhas de sabão, fazer uma massagem, se exercitar, ter uma refeição onde o objetivo é saborear e sentir as essência do alimento (hábitos considerados agradáveis, prazerosos…). “Estamos muito ocupados sendo distraídos pelos feeds e pelas atualizações para darmos conta do que se passa dentro de nossa cabeça” Sentencia, do escritor norte americano Nicholas Carr.


Esse sentimento de exclusão, aquele que comentei acima, pode provocar a necessidade de estarmos constantemente “On Line” sobre os eventos nas redes sociais, mensagens instantâneas, fotos instantâneas e demais aplicativos de rede social…. Não estar ao tanto disso, pode provocar um sentimento de exclusão ao mesmo tempo parece que faz-se um vazio, e é aí, que pode se dar o inevitável encontro com nós mesmos, solidão?, tédio?, angústia? _ que sensações devastadoras!

A falta desse hábito, o de se desligar-se do mundo virtual de vez em quando e lidar bem com nós mesmos quando não estamos dependendo disso é essencial para seguir em frente é uma prática saudável e que está aos poucos sendo deixada de lado, anulado-se do nosso dia a dia.

Nicholas, faz uma crítica enfática sobre ao mau uso da internet e nos alerta ” Alguma coisa está mexendo com nosso cérebro, remanejando os circuítos neurais, reprogramando a memória. Nós não pensamos da forma como pensávamos e já nem refletimos da maneira que refletíamos”. Realmente, muita coisa tem mudado à nível neurológico com o uso da internet, mas nem tudo é negativo. O acesso contínuo à informação útil, acredito tenha ajudado a expandir os horizontes de maneira global, o problema diria eu, pode residir no uso excessivo desta nova forma de comunicação, pois é algo que está nos adoecendo por não sabermos como utilizarmos esta revolucionária ferramenta. São muitas as informações contidas na internet, redes sociais etc… a forma como ela se apresenta nos seduz facilmente,  até porque nela o comércio encontrou novas formas de chegar ao consumidor, a propaganda na rede é cheia de cores, de movimento, de formas, de som e se apresenta sem perguntar se você estaria a fim de saber dela, por exemplo. Por isso reflita, evite o impulso, pense, uma, dois, três vezes desde diferentes perspectivas. “Pensar de novo, nos ajuda a olhar para nós mesmos de uma ótica diferente -e também para o outro”.

Essa avalanche de informações é que pode influenciar negativamente as pessoas, torna-las impulsivas, necessitadas e levadas a consumir aquilo que aparece na janela do seu computador. Parar para refletir é uma necessidade nos dias de hoje, é um hábito mais que saudável, ela pode nos proteger de maiores sofrimentos. “Refletir é pensar de novo, mais de uma vez. Quando fazemos isso, não é algo solitário. Precisamos ser conduzidos. Assim vamos discriminando nossas atitudes e suas consequências”.

Assim,  é sabido que: ‘A reflexão ajuda a nos livrar do sentimento de culpa ou arrependimento que insistimos em carregar, quando, na verdade, precisamos ser mais afetuosos com quem, um dia, fomos. Segundo Mônica Ajub, do instituto de Filosofia Clínica de São Paulo. Essas mudanças podem trazer novas formas de compreensão daquilo que se é hoje”.

Faça a experiência, fique por umas horas sem acesso ao celular ou demais aparelhos e faça uma auto observação, o que você está sentindo? Tudo bem não olhar para conferir suas mensagens? Quão dependente estou desses costumes? Tente durante esse tempo realizar suas tarefas corriqueiras para treinar sua mente a utilizar as conexões neurais e promover as sinapses. Neurólogos afirmam que modificar rotinas ajuda a produção de sinapses neuronais e nos deixam mais ágeis frente aos imprevistos. Este exercício, promove sua saúde mental e psicológica, pratique o cuidado.

Artigo de:

Yolanda Minguez de Juan

Psicológa Clínica

Fonte Bilbiográfica:

-Citações da Revista Vida Simples, p.24 à 31, julho 2014.

-A Geração Superficial, Nicholas Carr

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