Sobre Estresse Infantil
- Yolanda Minguez de Juan
- 4 de jul. de 2013
- 3 min de leitura
O que os pais devem saber sobre o estresse infantil:

Antes de falar sobre o estresse infantil, qual o conceito de estresse?Estresse, basicamente poderia ser definido como a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos, chamados de fatores estressores. É uma resposta orgânica natural frente a determinadas exigências do meio ambiente e que pode levar ao desgaste físico e mental causado por esse processo de alerta e prontidão permanentes.Em crianças o estresse pode afetar na mesma proporção, no que diz respeito ao nível de perturbação sentida pelo adulto, porém, podem se manifestar com sintomas diferentes. Entre estes possíveis sintomas encontram-se: Mudança evidente e súbita do comportamento, pesadelos, insônia, enurese noturna, desinteresse, tristeza, introversão e isolamento, medo/terror noturno, agressividade e inquietude. Na mesma proporção pode afetar nas relações com a escola, coleguinhas e professores: Possível queda do desempenho, desinteresse e falta de concentração, mal comportamento, isolamento, agressividade entre outros. Cabe salientar que os sinais mais evidentes de que algo há de errado com a sua criança são aqueles que advertem e diferem com o que costuma se mostrarO estresse pode alterar o bem-estar da criança e afeta-la negativamente, podendo torneá-la como uma criança entristecida e incompreendida quando não advertidos os sintomas. Já que ela não compreende a origem do mal-estar ela simplesmente reage aos estímulos do meio ambiente. Podendo influenciar diretamente no processo de amadurecimento, afetivo e cognitivo.

São várias as situações que podem causar sintomas de estresse na criança, também nem todas elas preferivelmente iram causar algum dano, afinal, não temos como envolver a criança e protege-la do mundo e das situações da vida.Posso citar algumas situações que poderiam causar conflitos na criança. As mais comuns podem envolver situações que envolvam mudanças abruptas, já seja, pela morte de um ente querido, mudança de circulo social por motivos por exemplo, mudança de escola, ou local de moradia onde construiu os laços sociais, vizinhos, amigos etc., ou situações que envolvam violência ou agressividade em todos os graus. Crianças estressadas tem propensão a ter algum tipo de “problema” quando adolescentes ou adultos? Conflitos mau resolvidos podem levar posteriormente, por exemplo, a depressões, síndromes do pânico, entre outras psicopatologias. Ou seja, quando os conflitos não conseguem ser elaborados em algum momento, poderão surgir em forma de sofrimento psíquico ou cognitivo. Mas tudo é relativo, depende da capacidade psíquica da criança em resolver conflitos internos, de como seus cuidadores lidam com as situações que podem afetar a criança negativamente, fatores ambientais, fatores orgânicos, hereditários, se a família é disfuncional, etc., quero dizer, que não se trata apenas de um único fator, más de uma soma de condições. Quais os primeiros sinais que a criança dá quando se sente estressada? (sintomas físicos e psicológicos). Como comentei anteriormente, o sinal mais evidente são as mudanças de comportamento súbitas e sem motivo aparente. A criança também pode somatizar seu mal-estar, com dor de cabeça, cólicas de barriga frequentes, vermelhidão na pele que aparece quando nervoso, entre outras possíveis somatizações. A brincadeira é essencial para a saúde psíquica da criança, pois é através dela, que a criança simula, ensaia e organiza seus pensamentos, sentimentos e vontades. Quero dar ênfase à necessidade de resgatar as brincadeiras sociais e concretas. Aquelas como, corre, corre, esconde-esconde, bola, bolinha de gude, baralho, damas, quebra cabeças, pular de corda, casinha, vendedora, boneca etc.. aquelas brincadeiras nas quais as crianças interagem com a realidade e tenha a possibilidade de manipular objetos. Estes ajudam a desenvolver habilidades sociais, habilidades motoras, criatividade, memória, entre outros. Também são igualmente bem-vindos os jogos virtuais, porém seu uso tem que ser consciente, e evitar o excesso. Quando usados adequadamente, ajudam a desenvolver por exemplo, os reflexos, fora que hoje, no mundo lúdico da criança, as brincadeiras virtuais são importantes para se sentir inclusos nos grupos sociais, já que a maioria delas tem costume de usá-las e não conhece-las poderia pôr em risco e levá-lo a exclusão dos grupos sociais, (coleguinhas da escola).
Artigo Escrito por: Yolanda M. Juan Psicóloga Clínica
DICA: Confira a matéria publicada no http://www.meubolsoemdia.com.br/canais/dica/estresse-infantil
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